Livro Vai lá e faz do Tiago Mattos

Lido em julho de 2019

A NATURALIDADE DE HOJE É O ABSURDO DO AMANHÃ

Num passado recente, a sociedade era dividida entre os livres, de pele alva, e os escravos, de tez escura.

Para a grande maioria das pessoas que viviam na época, dividir a cidadania pela cor da pele era uma circunstância que se aceitava – ou com naturalidade, ou com resignação. Fosse você Casa Grande, fosse você senzala.

Não faz muito que a educação infantil era baseada na punição física. Pais agrediam os filhos com palmadas. Professores aplicavam castigos inconcebíveis para os dias de hoje, como ajoelhar no milho ou o uso da palmatória.

Será que não estamos defendendo um modelo de que, daqui a alguns anos, vamos nos envergonhar, pela sua natureza controladora? Será que não é hora de pensarmos em novas possibilidades?

O FUTURO DAS EMPRESAS.

A Revolução Digital nos fez despertar para uma nova consciência em todos os níveis da sociedade.

Como não poderia deixar de ser, também afetou sensivelmente a consciência dos dois lados do balcão: tanto de empregados quanto dos empregadores. Um sistema mais horizontal exige que todos tenham postura de dono.

Num futuro próximo, não haverá empresas. Pelo menos, não como elas são hoje.

Para isso, os reguladores de hoje (diplomas e titulações) serão ainda mais fluidos, permitindo que você literalmente exerça milhares de atividades profissionais ao longo da vida.

PORTANTO, TODOS SEREMOS EMPREENDEDORES.

Mas a liberdade tem um preço. Teremos que nos acostumar com um novo tipo de organização, muito menos paternalista que temos hoje. Um sistema mais horizontal exige que todos tenham postura de dono.

Atuais funcionários terão que despertar a autogestão, capaz de realizar tarefas sem cobrança exterior.

Gerentes e diretores terão que aprender a trabalhar sem hierarquia, em organismos onde todos percebem-se empoderados.

O CONCEITO DE EMPREENDEDOR.

Empreendedor não significa, necessariamente, abrir uma empresa.

Empreendedor é aquele que não aceita a realidade de maneira resignada. Motivado pelo desejo de mudança para gerar impacto positivo no mundo, ele ajuda a co-construir uma iniciativa.

O que é, como vai ser e o porquê da existência dessa iniciativa, só o empreendedor poderá dizer.

Portanto, o empreendedor é a pessoa que possui recursos emocionais suficientes para tomar as decisões pela sua própria cabeça.

UMA NOVA ERA

Que só tivemos três grandes Era na história da humanidade: Agrícola, Industrial e Digital.

Sendo assim, em apenas duas oportunidades tivemos que enfrentar transformações tão radicais.

Que só nesses dois momentos da nossa história, fomos educados para um operar num sistema, mas tivemos que – por conta própria – aprender a operar em outro.

PENSAMENTO INDUSTRIAL: LINEAR,  REPETITIVO, SEGMENTADO E PREVISÍVEL

Hoje, com distanciamento histórico, é fácil entender o pensamento industrial.

Ele é linear. Além da óbvia analogia com a linha de montagem em si, ele sugere uma evolução linear.

Depois da etapa um, vem a etapa dois. Depois da etapa dois, vem a etapa três. E assim por diante.

A matéria-prima chega ao primeiro trabalhador, que executa sua tarefa e a passa adiante. Sejam pessoas ou máquinas, seja o número de interações que a matéria-prima receba, seja o estado inicial e o final, a lógica não muda muito

A própria ascensão dentro da indústria responde ao mesmo mindset. Do chão de fábrica você passa a supervisor, de supervisor a gerente, de gerente a diretor e de diretor a dono.

O combustível do pensamento industrial é uma linha, e sempre será.

E ASSIM SE CONSOLIDOU UM SISTEMA: A EDUCAÇÃO PÚBLICA, MASSIFICADA E GRATUITA.

E, não por coincidência, ele foi moldado para responder às demandas da época. Recém floresciam os filhos da Revolução Industrial.  O sistema público de educação massificada e gratuita tinha como objetivo saciar os anseios da classe média – e da sociedade industrializada que ela construía. Servia também como oportunidade para as classes operárias emergentes, recém chegadas às grandes cidades.

Em outras palavras: esse sistema de educação deveria disseminar uma forma de pensamento, um software, um modus operandi. Especialmente nos mais jovens, que deveriam garantir a sobrevivência do sistema industrial.

PERCEBA AS COINCIDÊNCIAS.

A escola tradicional, massificada, pública e gratuita tem algumas ferramentas de controle que lembram muito uma fábrica.

Tem uniforme. Como uma fábrica.
Tem horário de entrada e saída. Como uma fábrica.
Tem apito para a entrada e saída. Como uma fábrica.
Tem tarefas sistematicamente repetitivas. Como uma fábrica.
Tem os estudantes distribuídos em linhas dentro da sala de aula. Como uma fábrica.
Tem o espelho de classe e o posicionamento definido. Como uma fábrica.
Tem um crescimento linear – série. Como uma fábrica.

PERCEBA AS COINCIDÊNCIAS.

Tem disciplinas desconectadas – física não tem nada a ver com artes, que não tem nenhuma relação com educação física. Como uma fábrica.

Tem um mesmo grupo de pessoas que diariamente convive num mesmo espaço, sob supervisão permanente de uma autoridade. Como uma fábrica. Tem um adestramento através do comando/controle. Como uma fábrica.

E não é de se estranhar. Afinal, era esse o intuito do sistema de educação tradicional, pública, massificada e gratuita: ser uma fábrica de pessoas que estivessem aptas a trabalhar em fábricas.

O QUE ESTAVA ESCRITO NAS ENTRELINHAS DO SEU DIPLOMA.

Se você estudou numa escola tradicional, pública, gratuita e massificada, o seu diploma esconde nas entrelinhas:

Parabéns. Você passou treze anos executando muito bem o nosso treinamento. Agora, você está apto a realizar tarefas lineares, repetitivas, segmentadas e previsíveis.

E como grande parte das escolas atuais se baseiam nesse modelo, é bem possível que os alunos de outras instituições de ensino também tenham passado por esse mesmo processo.

É duro admitir. Mas faça uma reflexão e seja honesto consigo mesmo. Está na hora de reaprender.

QUER UM EXEMPLO? IMAGINE DOIS PERFIS DO FACEBOOK.

No primeiro, você lê na descrição.

 Sou um cara aventureiro. Gosto de ficar na balada até o amanhecer. Mas o que eu mais amo são crianças.

Não há fotos, não há vídeos, não há depoimentos, não há nada.

No segundo, é o contrário. Apenas três fotos. Na primeira, ele está no alto do Everest.

Na segunda, abraçado ao lado de uma atriz de Hollywood, no camarote de uma famosa balada de Ibiza.

Na última, o nosso protagonista está abraçado a dezenas de crianças – que, pela cor de pele e origem étnica, nos fazem acreditar: não são parentes do dono do perfil.

Quem parece mandar uma mensagem mais contundente?

Quem fala ou quem mostra? Evidente que quem mostra.

Fazer sempre foi maior que falar. Mas, nos tempos atuais, essa lógica ganhou outra dimensão.

CROWDFUNDING.

Por fim, o crowdfunding. Uma espécie de vaquinha virtual.

Normalmente, acontece da seguinte forma: uma pessoa está louca para tirar sua ideia do papel, mas falta dinheiro.

Então, ela divulga seu projeto na plataforma de crowdfunding.

Explica o que é, quanto dinheiro precisa e de que forma ele será gasto. Oferece recompensas para quem ajudar na vaquinha, aumentando o prêmio proporcionalmente ao nível do investimento.

Se o projeto atinge a meta, o criador ganha a grana e fica responsável por distribuir as recompensas a todos que contribuíram (a plataforma, por fazer a intemediação, fica com valores que variam de 3% a 12%).

Se o projeto não atingir a meta, todo mundo recebe o valor de volta.

Hoje em dia, há crowdfunding para tudo. Pode ser um novo produto, um longa metragem, um projeto social, uma viagem com fins educacionais. O importante é que tenha relevância e que engaje os backers – contribuintes.

O crowdfunding está estimulando planejadores e criadores a se tornarem fazedores. Não há mais desculpas para deixar as ideias na gaveta. Uma tendência que parece irreversível no curto e médio prazos.

O EMPREENDEDOR.

Nunca foi tão fácil ser empreendedor. Retomando a definição que compartilhei no início deste livro:

 Empreendedor é o indivíduo que tem consciência do seu empoderamento, e, por isso, assume com autonomia o rumo da sua vida e constrói iniciativas que mudem a realidade para melhor.

Sobre empoderamento: todos nós já estamos empoderados. A questão é que, infelizmente, muitos ainda enxergam um mundo hierarquizado, onde uns valem mais do que os outros.

Sobre autonomia: de Kant a Piaget, a palavra autonomia sempre é recorrente entre os grandes pensadores. A melhor definição que consegui foi: autonomia é a capacidade de governar a si mesmo, numa escolha racional e emocional, com decisões conscientes e sabedoras das suas imediatas consequências, não determinadas por influências invisíveis como o medo, a pressão social ou a conformidade.

Portanto, o empreendedor é a pessoa que possui recursos emocionais suficientes para tomar as decisões pela sua própria cabeça. E viver de forma plena, como ser humano consciente e capaz de se fazer feliz.

Sobre construir iniciativas: elas não precisam ser, necessariamente, profissionais. Pode ser uma ONG que luta contra a fome.

A verdadeira essência do empreendedorismo é a bondade.

DESCOBERTA #1 QUEM CRIA AMIZADES COM GRUPOS DIFERENTES NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA TEM MAIS CHANCE DE EMPREENDER.

Foi a necessidade de se adaptar a novos grupos que estimulou esses jovens a serem mais abertos.

Podemos dizer mais: conviver com grupos muito diferentes amplifica a visão multicultural – aumentando a criatividade, a flexibilidade e, por consequência, a capacidade de resolver problemas.

DESCOBERTA #2 EMPREENDEDORES TIVERAM UM SUPORTE EMOCIONAL DIFERENTE.

Quanto maior o apoio recebido por uma pessoa durante a infância e a adolescência, maior a capacidade de desenvolvimento intelectual no que diz respeito ao pensamento, à linguagem, à percepção, à memória e ao raciocínio.

DESCOBERTA #3: O TRADICIONAL NÃO EMPREENDEDOR NUNCA ACHA QUE ESTÁ PRONTO PARA COMEÇAR.

Ação gera ação, ou seja, comece, não perca  tempo apenas planejando.
Um plano estático não sobrevive a um sistema dinâmico.

Pensamento Causal x Efetual

Ao monitorar um plano através de indicadores, o Causal pensa: como sou eu quem decido o caminho para o futuro, eu posso prevê-lo.

Já o Efetual tem uma outra visão. Ao transformar a realidade ao seu redor, ele pensa: como sou eu quem construo o futuro, então eu não preciso prevê-lo.

DESCOBERTA #5: EXISTEM CINCO GRANDES FORMAS DE SE RELACIONAR COM O EMPREENDEDORISMO.

Ao longo do estudo, pudemos identificar cinco grandes grupos: os não empreendedores, os intraempreenedores, os ex-empreendedores, os empreendedores turning point e os empreendedores desde sempre.

Intraempreendedor: Ele tem uma postura empreendedora e age como dono. É comum ver num intraempreendedor características como iniciativa, responsabilidade, comprometimento e liderança.

Empreendedores turning point: a carreira empreendedora só vem depois de um tempo trabalhando dentro de uma empresa.  Ex: Eu trabalhava num salão de beleza e decidi abrir meu próprio negócio.

DESCOBERTA #6: EXISTE UMA TRANSFORMAÇÃO NA TRAJETÓRIA EMPREENDEDORA.

EMPREENDEDOR EGOICO. A ideia não é refletir, mas fazer a máquina girar.

 Não estou popularizando um equipamento que, além de produzir lixo, polui o ambiente.

Estou apenas fazendo o meu trabalho. Reciclagem é responsabilidade do governo.

Enquanto um está apenas cumprindo ordens, o outro está apenas tentando fazer o seu trabalho.

E não se engane. Assim como o profissional egoico, o empreendedor egoico também está pensando apenas no próprio umbigo.

EMPREENDEDOR EMPÁTICO.

Há empreendedores que possuem um cuidado fora de série com a equipe.

Pagam bem, oferecem benefícios, se preocupam com o ambiente de trabalho, dão feedback, promovem atividades de integração e garantem prêmios meritocráticos/tecnocráticos para os de melhor desempenho e conhecimento técnico.

Há empreendedores que não são nem pai, nem mãe. São avós: mimam suas equipes com tudo o que puderem oferecer. Esse é o famoso Empreendedor Empático. O seu universo é mais amplo. Ele pensa em si e na empresa, obviamente. Mas quer que todo mundo esteja feliz.

Para o Empreendedor Empático, sucesso é quando essas três dimensões (empreendedor, empreendimento e equipe) estão alinhadas.

EMPREENDEDOR COM PROPÓSITO: EM PROL DO VALOR COMPARTILHADO.

Cada vez mais, empreendedores preocupados em montar negócios de valor compartilhado (NVC).

Também conhecidos como negócios sociais ou negócios de impacto positivo, os NVC partemde uma premissa simples.

Não faz o menor sentido você ter uma empresa que não ajude o mundo a ser um lugar melhor.

NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA E GERAÇÕES.

Se você não está familiarizado com o termo, eu ajudo. Baby Boomers são os bebês do pósguerra, nascidos entre o meio da década de 40 até a metade da década de 60. A Geração X é que a vem logo a seguir, datados entre 1965 e o final dos anos 70. Já a Geração Y – também conhecida como millenials – são os que vieram ao mundo até a metade da década de 90.

Os Baby Boomers buscavam estabilidade – a liderança era a pessoa que tinha mais tempo de casa.

A Geração X buscava competição – a liderança era quem vencia a escalada profissional.

Já a Geração Y busca derreter as hierarquias – a liderança é o propósito.

DESCOBERTA #7: O JEITO MAIS FÁCIL DE ENCONTRAR O SEU PROPÓSITO É EMPREENDENDO. MESMO QUE SEJA SEM UM PROPÓSITO CLARO.

Empreender é uma jornada de auto-conhecimento. Empreender é tipo uma terapia – mas sem aquela parte boa, de ficar deitadinho no divã.

PROPÓSITO E AUTOCONHECIMENTO.

A verdade é que o propósito – como quase tudo que é complexo na vida – vem do auto-conhecimento.

Você pode escolher vários caminhos para saber mais sobre você mesmo. Cursos, palestras, terapia, imersões, retiros de auto-descoberta, mentoria com pessoas mais experientes, autoanálise, leituras, meditação, sessões de feedback, histórias inspiradoras.

O importante é saber que: por mais que você aposte num – ou em todos –, não existe garantia de que você vá se encontrar.

O propósito costuma ser resultado de um nível profundo de reflexão.

Aqui vão algumas perguntas que podem ajudar você a encontrar o seu propósito.

 Qual é o legado que você quer deixar para o mundo?

 Quando você morrer, o que você quer que esteja escrito na sua lápide?

Qual é a contribuição que você quer dar para o planeta?

 Qual é a briga que você quer comprar ao longo da sua vida?

 A idade sofistica o homem e o homem sofistica o próprio propósito.

DIAGRAMA DO PROPÓSITO

Inspirado pelo Golden Circle de Simon Sinek, do livro Start With Why, montei um outro diagrama, que, na minha opinião, deveria ser o ponto de partida de todo mundo que pensa em empreender.

Na opinião de Sinek, marcas e líderes comuns costumam se apresentar de fora para dentro.

Primeiro, falam quem são ou o que fazem.

Depois, explicam como fazem e os seus diferenciais competitivos.

E, por fim, convocam a algum tipo de ação – compra, voto, engajamento.

Por outro lado, Sinek explica que marcas e líderes inspiradores usam o raciocínio inverso.

Falando primeiro do porquê, depois do como, e, só lá no final, dizem o quê.

Minha sugestão altamente recomendada é: não use o Golden Circle para nortear a comunicação da sua marca.

Use o Golden Circle para nortear a montagem do seu negócio.

Quando todos trabalhamos para fazer um mundo melhor, não há concorrência.

É essa a minha esperança: de que você não apenas encontre o seu propósito, mas o coloque em prática e transforme o mundo.

E se pudermos sentar, compartilhar ideias e acharmos pontos de colaboração, melhor.

O meu bem não poder ser o mal do outro.

Ninguém precisa perder para todo o mundo ganhar.

IDEIA TODO MUNDO TEM. DIFÍCIL É FAZER.

AS OITO GRANDES ARMADILHAS NA HORA DE SE TER IDEIAS EMPREENDEDORAS.

  • O Vale das Ideias: Qualquer ideia se demonstra muito mais difícil na prática do que lá, no mundo da imaginação. Não demora muito para que ela comece a recebe críticas – suas e dos outros. Aos poucos, você sai daquele estado borbulhante e começa a voltar para a realidade nua e crua. O segredo é ter uma ideia atrás da outra.
  • A Teoria da Toalha Molhada: Em outras palavras: a teoria da pessoa que sempre acha que pode evoluir um pouquinho mais – e, por isso, não sai da ideação nunca.
    Não deixe que o ótimo vire inimigo do que já está bom.
  • Pensamento de Cofre: Ao contar a ideia para os outros, você provavelmente receberá ajuda – tenho um colega que produz exatamente esse tipo de material que você precisa.
  • Fator Multiplicador: compartilhe sua ideia.
  • Brainstorm Desestruturado: Verbalize tudo, anote tudo: ideias ficam perturbando o seu processo criativo, até você verbalizá-las e depois faça uma matriz da ideia: problema a ser resolvido, quem tem esse problema e qual a solução, como voce vai ganhar $, explicar a ideia de maneira simples e objetiva.

O que você tem, que ninguém mais tem, e que justifica a sua presença nesse negócio?

  • Ignorar a Emergência
  • Gênio Incompreendido
  • Confusão do Trio.

O termo MVP – Mínimo Produto Viável, foi popularizado por Eric Ries pelo bestseller The Lean Startup: livro que moldou a nova geração de empreendedores pelo mundo.

  • CRIE UMA HIPÓTESE: Seguindo a mesma lógica, você pode criar uma versão simplificada do seu produto ou serviço. Se você quer ter um restaurante japonês, pode começar oferecendo um jantar para os amigos na sua casa. A grande sabedoria é criar um protótipo que seja a menor representação do que você quer levar para o mercado.
  • TESTE SEU PROTÓTIPO NO MERCADO. Ele só vira MVP quando o mercado (real) dá algum feedback (real) que tenha utilidade (real) para validar sua hipótese, ou seja, será cobrado.

Pra que feedback? Pra aprender, para poder mexer no que não está bom.

Quando você aprende a aprender, você aprende qualquer coisa. Inclusive, a aprender mais rápido.

Um bom exemplo de foco no aprendizado é o algoritmo da Amazon. A cada doze segundos, ele extrai um novo aprendizado a partir dos comportamentos dos usuários. E essa novidade é imediatamente incorporada à plataforma.

  • CICLO 3-3-3-3: VOCÊ TEM QUE RODAR 3 MVPs EM 3 SEMANAS E TER 3 FEEDBACKS EM CADA

Sair do papel e ir para a prática para perceber o que pode ser diferente – corrigir as falhas – juntar tudo

Existe um princípio universal entre os seres humanos chamado Princípio da Reciprocidade.

Se você me faz um favor, eu automaticamente me sinto em débito. É natural esperar que, quando você me procurar para pedir ajuda, eu retribua.

Quanto mais favores você faz para os outros, mais crédito tem na praça.

Quando mais pede aos outros, mais negativo está.

Não gosto de pedir para um amigo arquiteto que faça um projetinho no amor ou para um advogado que entre com uma ação na parceria.

Não gosto que façam isso comigo, por isso não ajo assim com os outros.

Dessa forma, sempre que peço um favor, sempre analiso se é realmente um favor ou se é um abuso.

Quando mais tempo você fica apegado a uma ideia, menos espaço você dá para que novas surjam.

Não procure elogios, procure críticas: Se você tivesse que mudar uma única coisa, o que trocaria? As pessoas sempre têm algo a contribuir.

Mas no mundo dos negócios, nem tudo são flores.

Quando você abre o Excel e faz as contas de quanto gastou e quanto ganhou, vê que os materiais da papelaria encareceram muito os custos do produto.

Dicas para formar equipe

1) Contrate o potencial: Em vez de olhar para a pessoa que foi, tento descobrir quem essa pessoa será.

2) Engaje e cuide: exemplo simples criado, criamos o Feriado Particular.

3) Dê o exemplo e crie cultura: cultura é o que as pessoas fazem sem que ninguém as peça.

4) Crie um ambiente caórdico: pouco de caos (divergente) e um pouco de controle (convergente).

5) Compartilhe o que você sabe: Se ação gera ação, conhecimento gera conhecimento. Quanto mais aberto você é com as pessoas, mais abertas elas são com você.

6) Delegue com mentoria: Aprender a controlar menos e aceitar que cada um trabalha do seu jeito faz parte da maturidade dessa longa jornada empreendedora.

7) Crie uma hierarquia fluida: é possível?

Podemos falar da Valve, empresa bilionária de games, que aboliu completamente qualquer tipo de estrutura hierárquica. As pessoas se auto-organizam em todos os níveis, desde contratação de novos colaboradores, na demissão de quem não está contribuindo, até na formatação dos projetos e na priorização do trabalho.

8) Faça as pessoas perceberem o seu empoderamento: Ninguém transfere poder a ninguém. As pessoas já o tem.

9) feedback: Poucas ferramentas são tão poderosas para a mudança quanto um feedback construtivo com empatia. Pessoas que sabem tudo ignoram feedbacks.

Com esse tipo de gente é muito difícil trabalhar.

10) Suporte o risco: Ao delegar, você precisa se preparar para o erro. Pessoas erram. Você erra.

11) Abra espaço para o crescimento:  Eu não quero trabalhar para os outros. Mas também não quero que outros trabalhem para mim. Quero que as pessoas trabalhem comigo.

12) Ajude a preparar um sucessor: Uma boa forma de garantir o seu próprio crescimento, e o crescimento dos outros, é preparar alguém para roubar a sua cadeira – e a dos demais.

POR QUE AS PESSOAS SÃO MENOS PRODUTIVAS?

É curioso, mas acredito que as pessoas com menor índice de produtividade não são assim porque querem. Não é por falta de vontade. Muito menos, por incapacidade ou por falta de inteligência.

Quanto menos você for abordado para problemas pequenos, menor é a energia gasta.

E maior é a produtividade.

Por isso, não tenha vergonha de se isolar. Vá para uma sala de reuniões, para um canto que ninguém ocupa, para o café do outro lado da rua.

Se der, desligue o celular e saia da rede wi-fi.

E-mails e redes sociais são grandes estímulos à interrupção.

PRIORIZAÇÃO.

Todas as pessoas do mundo têm 24 horas por dia.

Por que algumas conseguem realizar todas as tarefas e ainda chegar em casa cedo, enquanto outras sempre reclamam que não têm tempo para nada?

Por causa da capacidade de priorizar.

Pessoas produtivas têm uma to-do list com todas as tarefas do dia.

Ao começar o expediente, você repassa item a item e planeja o que deve ser feito.

Não tente fazer tudo. Muitas das coisas que estão na sua to do list podem – e devem – ser delegadas para outros.

 

 

sarahjsena

sarahjsena

Pedagoga e mestre em psicopedagogia pela Espanha, tem experiência há 10 anos com atendimentos individualizados com crianças, atuei na Secretaria de Educação há 7 anos com pessoas com deficiência.

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