Educação Especial em Brasília

Quando falamos de educação especial, fala-se de forma abrangente de um grupo de pessoas com deficiência que possuem diferentes idades e características. Mas, onde eles podem estudar? De acordo com o Plano Nacional de Educação, dos 4 aos 17 anos, os estudantes com deficiência terão acesso à educação básica (pública ou privada) e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, em turmas regulares, que chamamos de inclusão ou em classes especiais que tem como objetivo preparar o estudante para a classe regular. Foram criadas salas de recursos multifuncionais, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados para facilitar esse processo de aprendizagem e dar um suporte a esses alunos.

Aqui no DF as classes especiais que estão no ensino fundamental 1 geralmente tem 2 estudantes para 1 professor especializado, e se necessário, o estudante com deficiência que estiver em turma regular, pode ter auxílio de um monitor para realizar as atividades. Outra possibilidade são as escolas especializadas para pessoas com deficiência, como centro de ensino especial, como centro de ensino especial para deficientes visuais e instituições conveniadas como APAE, AMPARE, Pestalozzi… O local escolhido dependerá da idade e das habilidades do estudante.

Quando o aluno for criança, as atividades seguem a mesma ideia das que são passadas para os colegas. O que precisará ser observado é o que ele já sabe e dependendo do estudante, levará um tempo maior para internalização dos conceitos, por isso é tão importante contar o apoio de um auxiliar em sala de aula, da sala de recursos no turno contrário e da família em casa para reforçar os conceitos. Quanto mais estímulo, maior será o crescimento, por isso, crianças que começam na Educação Precoce tem um excelente resultado.

O foco é sempre o estudante e o quais habilidades ele precisa desenvolver. Hoje em dia, podemos usar diferentes ferramentas para ajudar nesse processo, como jogos interativos no tablet que ajudam os estudantes que possuem algum comprometimento motor, adaptações nas atividades com letras maiores, apoio no lápis, adaptações no assento do estudante e o que mais for necessário. Essas adaptações são feitos por um Terapeuta Ocupacional, veja que incrível:

O que ensinar? A pergunta é: O que seu aluno adulto quer saber? Principalmente para os adultos, conseguir ter uma vida mais autônoma, conseguir comprar algo sem ajuda, saber as notícias, ler uma canção, conversar com os amigos e ter sua liberdade são grandes incentivos para aprender a ler e estudar. E esses temas que despertam o interesse deles que deverão estar nos conteúdos na sala de aula. Quanto mais prático o assunto, melhor.

Uma dica para os adultos, quando apresentar o alfabeto, que seja em caixa alta e paralelo a isso apresentar os números de 0 a 9, relacionando os números a quantidade.

Além de aprender a ler e escrever, na educação especial falamos muito sobre o desenvolvimento das Atividades de Vida Diária (AVD’s), que consiste na habilidades como vestir-se, alimentar-se só, usar o banheiro adequadamente e higienizar-se bem. Diariamente profissionais que fazem parte da equipe incentivam os estudantes, independente da idade e limitação, a ter uma vida melhor e mais livre.

Trabalhar com educação especial é tão interessante quanto desafiante, requer paixão e criatividade. Os professores e a equipe de apoio como psicologia, fonoaudiologia, serviço social, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros estão sempre em busca de colaborar com cada assistido de maneira especial. Estamos ali para ajudá-los e ensiná-los, mas sempre saímos com grandes lições de vida e superação.

Fiz um vídeo sobre um método de alfabetização indicado para alunos com deficiência, que se chama ABACADA.

https://www.youtube.com/watch?v=-b-eE-Uph_o
sarahjsena

sarahjsena

Pedagoga e mestre em psicopedagogia pela Espanha, tem experiência há 10 anos com atendimentos individualizados com crianças, atuei na Secretaria de Educação há 7 anos com pessoas com deficiência.

2 Comments

  • Maria do Socorro disse:

    Sou a mãe de uma aluna da professora Sarah, a preocupação da professora com a minha filha me deixou muito feliz. Pois os nossos filhos tem pouco nessa educação chamada de inclusiva. Ela faz as tarefas, eu imprimo em minha casa, aí a minha filha faz, isso tudo com ajuda da professora. A professora mostra o compromisso com nossos filhos.

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