Livro “Poder do hábito” de Charles Duhigg
Lido em fevereiro de 2018
No prólogo é contada a história de Lisa, uma ex fumante que deu a volta por cima porque percebeu que precisava forcar em alguma coisa. Ela decidiu que se daria um ano para se preparar, mas ela sabia que precisaria fazer sacrifícios, como parar de fumar.
Ela substituiu o cigarro pela corrida, e por isso, mudou seus hábitos de alimentação, trabalho, sono, como guardava dinheiro e como organizada seus dias.
Tudo mudou a partir da decisão de mudar um hábito: parar de fumar. Conforme mudamos nossos hábitos, nosso cérebro também muda.
Esse poder não é limitado ao ser humano, mas as empresas também precisam mudar seus hábitos.
Toda a nossa vida, na medida em que tem forma definida, não é nada além de uma massa de hábitos. E embora cada hábito signifique relativamente pouco por si só, ao longo do tempo, se poupamos ou gastamos dinheiros, com que frequência fazemos exercícios, e o modo como organizamos nossos pensamentos e rotina tem impactos enormes na nossa saúde, segurança financeira e felicidade.
Dividido em três partes: hábitos individuais, hábitos de empresas e organizações bem sucedidas e hábitos da sociedade.
Você quer adormecer rápido e acordar se sentindo bem? Preste atenção aos seus patrões noturnos e ao que faz automaticamente quando acorda. Quer fazer com que a corrida seja fácil? Crie estímulos para transformar isso numa rotina.
Transformar um hábito não é necessariamente fácil, nem rápido e simples. Mas é possível.
Exemplo: quando você aprendeu a dirigir, isso exigiu um nível grande de concentração, no entanto, hoje você faz quase sem pensar, a rotina acontece por hábito. Eles surgem porque nosso cérebro quer poupar esforço.
O problema é que nosso cérebro não sabe a diferença entre os hábitos ruins e os bons, por isso, se você tem um hábito ruim, ele está sempre ali à espreita, esperando as deixas e recompensas.
Para mudar um hábito, você precisa manter a velha deixa e oferecer a velha recompensa, mas inserir uma nova rotina. Você não pode eliminar um velho hábito, você pode muda-lo.
Pg 109 – Para que um hábito continue mudado, as pessoas precisam acreditar que a mudança é possível. E na maior parte das vezes, a fé surge com a ajuda de um grupo. Se você quer perder peso, estude seus hábitos para descobrir por que você realmente sai no trabalho para fazer um lanche todo o dia, e então encontre outra pessoa para dar um passeio com você ou bater um papo em outro lugar que não seja na lanchonete, ou alguém que queira manter por perto um estoque de maçãs e não batata chips.
Se você quer mudar um hábito, precisa encontrar uma rotina alternativa, e suas chances de sucesso aumentam drasticamente quando você se compromete a mudar como parte de um grupo. Não são apenas vidas individuais que podem ser mudadas quando alguém dedica atenção aos hábitos.
Os hábitos das organizações bem-sucedidas
Os indivíduos têm hábitos, mas os grupos têm rotinas.
Estudos documentaram que famílias com o hábito de jantar juntas parecem educar crianças com melhor aptidão para lições de casa, melhores notas, maior controle emocional e mais confiança. Arrumar a cama toda manhã está correlacionado com uma produtividade melhor, uma maior sensação de bem-estar e maior aptidão para se manter dentro do orçamento. Não que uma refeição em família ou uma cama arrumada cause melhores notas ou menos despesas supérfluas. Mas, de algum modo, essas mudanças iniciais deflagram reações em cadeia que ajudam outros bons hábitos a se firmarem.
Starbuks e o hábito do sucesso: Quando a força de vontade se torna automática
Com mais de 137 mil empregados atualmente, e mais de um milhão de ex alunos, a Starbuks é uma das maiores instituições de ensino da nação. Todos os empregados, só no primeiro ano, passaram por pelo menos 50h em salas de aula, e outras dezenas em casa com livros didáticos, e conversando com mentores responsáveis por eles.
A força de vontade é a essência dessa aprendizagem. E o melhor modo de aumentar a força de vontade e dar uma vantagem aos alunos, indicam os estudos, é transformar isso num hábito.
A empresa gastou milhões de dólares desenvolvendo programas para treinar a autodisciplina dos empregados. Quer saber como? Leia todo o experimento na página 147.
O simples ato de dar aos empregados um senso de autonomia – uma sensação de que estão no controle, de que têm autoridade legítima para tomar decisões – pode aumentar radicalmente o grau de energia e o foco que eles dedicam ao emprego.
Criar uma organização bem sucedida não é apenas questão de equilibrar autoridade. Para que uma organização funcione, os líderes precisam cultivar hábitos que criem uma paz real e equilibrada quanto, paradoxalmente, deixem absolutamente claro quem está no comando.
Bons líderes aproveitam crises para reformular hábitos organizacionais.
As pessoas querem frequentar lugares que satisfaçam suas necessidades sociais. Fazer com que as pessoas se exercitem em grupos torna mais provável que elas continuem treinando. É possível mudar a saúde do país assim.
Num futuro próximo, dizem que os experts em análise previsiva, as empresas poderão conhecer nossos gostos e prever nossos hábitos melhor do que nós mesmos nos conhecemos.
Hábitos da sociedade
Dizem os sociólogos que a maioria de nós tem amigos parecidos conosco. Talvez tenhamos uns poucos conhecidos próximos que são mais ricos, outros mais pobres, mas no total, nossos relacionamentos mais profundos tendem a ser com pessoas de aparência semelhante à nossa, que ganham mais ou menos que nós e vêm de contextos similares.
A pressão social – e os hábitos sociais que incentivam pessoas a se conformarem às expectativas de um grupo – é difícil de descrever, pois muitas vezes difere em forma e expressão de uma pessoa para outra. Esses hábitos sociais não são tanto um único padrão consistente, mas sim dezenas de hábitos individuais que acabam fazendo com que todos se movam na mesma direção.
Se você ignora as obrigações sociais da sua vizinhança, se despreza os padrões esperados da sua comunidade, você corre o risco de perder sua posição social. Na vida adulta, é assim que os negócios são feitos e as comunidades organizam a si mesmas.
Os indivíduos e os hábitos são todos diferentes, e por isso as maneiras específicas de diagnosticar e mudar os padrões em nossas vidas diferem de uma pessoa pra a outra.
MODELO: para entender melhor, leia o apêndice da pág 287 a 298
1) Identifique a rotina
2) Experimente com recompensas
3) Isole a deixa
4) Tenha um plano