Consciência digital: As 5 habilidades para ter autocontrole, foco e segurança na era digital
Autor: Fabio Pereira
Lido em setembro de 2024

Prefácio
A verdade é que a sociedade atual vive uma das maiores transformações que qualquer geração já precisou enfrentar. Os avanços tecnológicos afetam não só a carreira, os negócios e o governo, mas também o próprio sentido da humanidade. Podemos falar aqui da Inteligência Artificial, que afetará todos os segmentos; do comando de voz, que é cada vez mais preciso para realizar diversas tarefas; da biometria facial, que já é realidade em muitos países e é usada como dispositivo de segurança; e, por fim, da implantação da internet 5G, que é cem vezes mais rápida do que a atual.

Segundo o McKinsey Global Institute, a demanda por atividades que envolvem habilidades cognitivas básicas, físicas e manuais vai diminuir muito até 2030. Em contrapartida, vai aumentar a demanda por atividades que envolvem habilidades cognitivas de alto nível, juntamente com aquelas que envolvem habilidades sociais, emocionais e, principalmente, tecnológicas.

O que é a era digital? Das 35 mil decisões que você toma por dia, já imaginou quantas são decisões digitais? Decisões digitais são as que tomamos usando equipamentos como smartphones, tablets, computadores, wearables, equipamentos de realidade virtual, etc. Ou aquelas que os equipamentos digitais, muitas vezes, tomam por nós.

Outro exemplo do mundo digital se misturando com o físico: conheci minha namorada no Instagram. Isso mesmo, não foi em um bar, em uma balada, em um teatro nem no Tinder, foi no Insta! Tomei uma decisão digital de mandar um direct para ela — ainda escrevi #prontofalei — e, depois de evoluir a conversa do Insta para o WhatsApp — um grande avanço no relacionamento —, nos conhecemos pessoalmente e começamos a namorar.

Quando o mundo físico e o digital se misturam

O Quociente de Inteligência (QI) só considera algumas dessas inteligências, principalmente a lógico-matemática, linguística e espacial. O Quociente Emocional (QE) trouxe um olhar mais amplo para as inteligências interpessoal e intrapessoal, mostrando que ambas são muito importantes para o sucesso e a felicidade de uma pessoa. Ou seja, o QE deixou claro que só ter um QI alto não é suficiente.
Já vivemos em um mundo em que computadores dirigem carros, julgam se réus são culpados ou inocentes, fazem o diagnóstico de doenças, corrigem redações, investem na bolsa de valores e muito mais. Será que o nosso conhecimento atual e os ensinamentos de hoje em dia serão necessários no futuro? A resposta rápida é: não! Existem várias outras habilidades necessárias e muito importantes.

Quociente Digital (QD): o QI e o QE da era digital

  1. Tempo de Tela: A habilidade de gerenciar seu tempo em equipamentos digitais.
  2. Cyberbullying: A habilidade de identificar situações de assédio virtual (cyberbullying) e saber agir de forma inteligente e consciente.
  3. Segurança Digital: A capacidade de proteger seus dados, criar senhas poderosas e evitar ataques cibernéticos como SPAM, SCAM e outros.
  4. Privacidade Digital: A habilidade de lidar com todas as informações que compartilha na internet, protegendo a sua privacidade e a de outras pessoas.
  5. Pensamento Crítico: A habilidade de identificar o que é falso ou verdadeiro, bom ou prejudicial, relacionado aos conteúdos e contatos online.
  6. Pegadas Digitais: A habilidade de entender as marcas que você deixa na rede e suas consequências a curto e médio prazo na vida real, postando com responsabilidade.
  7. Empatia Digital: A habilidade de se colocar no lugar de outra pessoa e entender seus sentimentos e necessidades, mesmo que só a conheça no mundo digital.

O que são vieses?

As famosas e conhecidas ilusões de ótica são uma prova concreta de que o nosso cérebro e os nossos sentidos não são perfeitos. O que está em volta nos influencia na forma como enxergamos o mundo e também interfere quando tomamos decisões.

Sabe aquele formulário online que diz: “Marque para não receber ofertas por e-mail”? Significa que alguém já tomou a decisão por você de receber ofertas e, se você não quiser, tem que pedir para sair.

Cada intervenção dessas é chamada de nudge — a pronúncia é “nâdge” —, que pode ser traduzido como “empurrãozinho”. O termo foi criado por Richard Thaler e Cass Sunstein no livro que escreveram juntos, também intitulado Nudge.

O que são nudges?

Esses empurrõezinhos têm que ser suaves, e deve existir uma forma de você “pedir para sair” da decisão que o empurrãozinho o influenciou a tomar.

É um nudge: colocar frutas mais próximas de onde os filhos brincam e deixar os chocolates guardados em um armário.

Não é um nudge: proibir totalmente o consumo de chocolate e obrigar os filhos a comerem frutas.

Ciência Comportamental Digital

Quem faz a arquitetura das decisões digitais?

No mundo da criação de produtos e interfaces digitais, existe um poder enorme que está nas mãos das pessoas de UX (User Experience, experiência do usuário) e XD (Experience Design, design de experiência). Essas pessoas têm o poder de arquitetar os ambientes de tomadas de decisão.

Por falar em McDonald’s, limitar o número de opções de produtos foi exatamente uma das estratégias que possibilitaram o crescimento em escala da rede, explicado no filme Fome de Poder. Só que, diferente de sanduíches, em produtos digitais a flexibilidade é bem maior. Usamos uma técnica muito poderosa: a personalização, que é um dos pilares das telas mais inteligentes — como explica Shlomo Benartzi em seu livro The Smarter Screen.

Alguns exemplos de empurrõezinhos digitais

A fórmula inclui:

Interesse do leitor no criador do post;
Performance do post entre outros usuários;
Performance do criador do post entre outros usuários;
Tipo de post preferido (status, foto, link etc.);
Quão recente é o post.

Timelines e feeds

Será que é você quem decide o que vai ver na sua timeline ou será que o Facebook, o Instagram, o LinkedIn e todos os outros ambientes digitais com timelines dão um empurrãozinho para você consumir o conteúdo que eles acham mais relevante para você?

Então, tome as rédeas das suas timelines! Vá nas preferências do Facebook e de outras redes sociais e priorize quem e o quê você acredita ser importante. Priorize uma dúzia de pessoas e páginas que quer dar mais atenção e veja o que quiser, e não só o que uma fórmula mágica decidiu que seria melhor para você! #ficaadica

Snapchat e Duolingo são dois exemplos de como os streaks podem influenciar o comportamento para aumentar a frequência do uso de aplicativos digitais, na mesma rotina do “sem pular um dia”. Os streaks são um grande exemplo de empurrãozinho digital que influencia nossas decisões.

Streaks: sem pular um dia, e não sou viciado

As razões por trás dessa força influenciadora secreta dos streaks podem ser explicadas de duas formas: ganho e perda. Prazer em ganhar e medo de perder. Aumentar e manter os streaks é como um jogo para o nosso cérebro. A cada dia que passa, avançamos uma fase e ganhamos um número.

Lembra dos vieses cognitivos? Os erros que nos fazem pensar e tomar decisões de forma irracional, que expliquei anteriormente? Então, “aversão à perda” é um dos vieses cognitivos superpoderosos que influenciam nosso comportamento.

Pesquisas realizadas no Laboratório de Interação Virtual Humana (VHIL – Virtual Human Interaction Lab) em Stanford fazem experimentos sobre como VR e AR podem ser tecnologias utilizadas para desconstruir estereótipos, diminuir o racismo e aumentar a empatia entre as pessoas.

Persuasão: influenciar pessoas a fazerem o que elas querem e precisam.
Coação: influenciar pessoas a fazerem o que elas não querem e não precisam.

Persuasão e Coação: os dois tipos de influência

O Portal do Trânsito reportou que sono e cansaço representam 60% dos acidentes no Brasil. Estatísticas mundiais revelam que 40% dos acidentes nas estradas são causados por motoristas cansados. Só nos Estados Unidos, são 100 mil acidentes por ano, com 1.550 mortes. O Smart Cap é um boné inteligente que lê as ondas cerebrais dos motoristas e gera alertas para evitar acidentes causados por cochilos. É um dos chamados wearables, ou tecnologia vestível. A tecnologia, por meio da leitura de ondas cerebrais, identifica quando o motorista está quase cochilando e, então, vem o empurrãozinho que ajuda o motorista a não cochilar, evitando um possível acidente. Inteligente mesmo, não acha?

Rápido e devagar: duas formas de clicar

Um impeachment, uma invasão, uma babá

Pai e filho sofrem um acidente terrível de carro. Alguém chama a ambulância, mas o pai não resiste e morre no local. O filho é socorrido e levado ao hospital às pressas. Ao chegar no hospital, a pessoa mais competente do centro cirúrgico vê o menino e diz: “Não posso operar esse menino! Ele é meu filho!”.

Não penso, logo clico

As distrações ao nosso redor gastam nosso processamento cognitivo e nossa energia. No mundo digital, nossa atenção está dividida e fazemos a maioria das coisas com o nosso cérebro rápido, cheio de problemas.

Focar em uma coisa de cada vez no mundo digital diminui a probabilidade de cometer erros e de ser preconceituoso na internet.

Em 2004, o psicólogo John Suler explicou em seu artigo “Os 6 fatores do efeito de desinibição online” quais são os fatores que, basicamente, mudam significativamente a forma como pessoas interagem entre si quando estão em ambientes online:

  1. Anonimidade: “Minhas ações não podem ser atribuídas a mim”;
  2. Invisibilidade: “Ninguém pode julgar como eu sou nem o meu tom”;
  3. Assincronia: “O que eu faço não tem um resultado imediato”;
  4. Introjeção Solipsista: “Eu não estou vendo ninguém, então tenho que adivinhar quem são essas pessoas e suas intenções”;
  5. Imaginação Dissociativa: “O mundo online é diferente do mundo físico, essas pessoas do outro lado não são reais”.

Muitas pessoas que estão online tendo atitudes e comportamentos hostis, como cyberbullying, nem sequer têm consciência disso. Elas estão agindo usando o seu cérebro rápido, e todos esses efeitos estão influenciando o seu comportamento em um nível abaixo da consciência. Por isso, campanhas como “Pense antes de digitar” são importantes. Elas criam um “gatilho” que pode levar o cérebro rápido ao cérebro devagar, fazendo com que, dessa maneira, a pessoa pense melhor nas consequências dos seus atos.

Se for escrever um comentário negativo em qualquer rede social (Facebook, Instagram, WhatsApp), pense um pouco antes.

As 5 habilidades dos conscientes digitais
O que significa ser consciente digital? Por onde começar? Na verdade, não é simples como apertar um botão e simplesmente passar de inconsciente para consciente. É uma jornada. Não existe um grupo de pessoas que são inconscientes e outro grupo de pessoas conscientes. Cada um está passando por um processo, uma jornada de conscientização.

Equilíbrio conectado-desconectado
“Às vezes é preciso desconectar para se conectar.”
Em 2018, eu tirei um sabático de nove meses, foi uma das experiências mais sensacionais da minha vida. Um dos lugares que visitei foi Paris e, claro, não pude deixar de ir ao museu do Louvre. Lá, percebi que muitas pessoas chegavam na frente da Mona Lisa, tiravam uma selfie e iam embora sem nem sequer observar o que estava ali na frente delas: uma das pinturas mais conhecidas e famosas do mundo, a mais notável obra de Leonardo da Vinci.

A tecnologia veio para ajudar, aproximar e conectar, mas, às vezes, ela atrapalha, afasta e desconecta.

Todas as vezes que estiver imerso no mundo digital, pergunte a si mesmo se existe alguma coisa acontecendo fora dele que deveria ter mais da sua atenção.

Efeito adesão: a tendência de fazer coisas porque muitas outras pessoas fazem a mesma coisa.
• “Já que todo mundo está fazendo isso, vou fazer também.”

Viés da escassez: assumimos que o que é escasso é mais valioso do que o que é abundante.

Aversão à perda: tendência dos indivíduos a serem mais afetados pelas perdas do que pelos ganhos.
• “Se eu não comprar agora, vou ficar sem.”

Concentração e foco digital
Distrações e mais distrações atrapalham sua concentração. O pior é que, se essas notificações não chegam, parece que tem algo de errado, e você vai lá checar manualmente, passar o feed, ver se aconteceu alguma coisa.

O primeiro passo é fazer uma coisa de cada vez. Um dos nossos maiores inimigos no foco é tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Eu uso algumas ferramentas para isso, e uma das que mais funciona é o quadro Kanban. Ele mostra o que eu preciso fazer, o que estou fazendo e o que já fiz (fazer, fazendo, feito). Na coluna de “fazendo” só pode existir uma coisa de cada vez. Não é produtivo estar preparando aquela apresentação importante, assistindo a um vídeo no YouTube e passando o feed do Instagram ao mesmo tempo.

Desabilite praticamente todas as notificações dos seus aparelhos digitais. Vá nas configurações e decida quais aplicativos têm o poder de distrair você.

No mundo das fake news, duvide antes de acreditar, verifique antes de repassar, não seja cúmplice! Quando você encaminha algo, é a sua palavra que está sendo passada, é a sua credibilidade.

Inteligência artificial preconceituosa
Preconceito digital é o que acontece quando computadores, algoritmos, Inteligência Artificial e robôs chegam a conclusões erradas, que diferem da realidade, porque foram treinados e aprenderam com dados que não representam o mundo como ele é.

Lembre-se: se você não incluir conscientemente, vai excluir inconscientemente.

Quando a tecnologia expande nossa mente

A Amazon patenteou, em 2014, um método de envio de produtos que envia o item antes mesmo de você realmente efetuar a compra. É a chamada entrega antecipada (anticipatory shipping). A Amazon prevê que você vai comprar algo e já envia para você. Já pensou em receber um item que queria muito comprar, mas nem comprou ainda? É mais ou menos isso que a empresa quer fazer.

Quando você consome conteúdo de graça, a sua atenção é o produto que alguém está vendendo. É preciso ter muito cuidado com quem está ganhando algo com a nossa atenção e para quem estamos dando a nossa atenção, pois ela é muito valiosa. Cada vez que você assiste a um vídeo no YouTube, está dando dinheiro a eles.

Smartphones desligados sugam nossa inteligência

Os smartphones sugam nossa atenção, mesmo desligados, porque ficamos pensando: “Será que alguém me mandou um WhatsApp? Será que alguém curtiu minha foto no Instagram?”. E esses “serás”, mesmo que inconscientes, sugam nossa inteligência.

Eu aprendi com um artigo que li, e com ela, que nos desconectar dos nossos smartphones de vez em quando nos ajuda a nos conectar mais com as pessoas que estão à nossa volta.

Se você quer resolver um problema difícil, focar em uma tarefa que precisa de mais atenção ou se conectar com alguém que está ao seu lado, deixe o seu celular em modo avião, desligado ou longe de você. #ficaadica

E pode uma coisa dessa?

Gigantes da tecnologia, como o Facebook e o Google, anunciaram uma parceria para elaborar um quadro ético para a IA.

Ao abraçarmos a era da máquina, seremos confrontados com novos desafios éticos, exigindo novas leis. A seguir, apresento uma amostra das decisões éticas que enfrentaremos em quatro áreas:

  1. Ciências da vida;
  2. Inteligência Artificial, aprendizado de máquinas e dados;
  3. Redes sociais e eletrônicos;
  4. Robôs e máquinas.

Ciências da vida: deve ser considerada legal a edição de genes para manipular a raça humana e criar “bebês de grife”? O pesquisador sobre câncer Siddhartha Mukherjee, em seu livro O gene, muito aclamado pela crítica, destacou as profundas questões éticas que serão colocadas em pauta pelos avanços na ciência do genoma. A lista de questões éticas é longa: e se um exame pré-natal previsse que seu filho teria um QI de 80 pontos, bem abaixo da média, a não ser que fosse feita uma pequena alteração? E se essas tecnologias fossem limitadas apenas a pessoas ricas?

Inteligência Artificial, aprendizado de máquinas e dados: com o tempo, a Inteligência Artificial nos ajudará a tomar todos os tipos de decisões. Mas como garantimos que esses algoritmos são bem projetados? Como dissolver os preconceitos desses sistemas, que serão usados para determinar a promoção no trabalho, o ingresso à faculdade e até mesmo a escolha do parceiro? Será que a polícia deveria usar um software de reconhecimento facial? O policiamento preditivo, baseado em algoritmos, deveria ser considerado legal? Que impacto isso terá em nossa privacidade? Será que a tecnologia de ponta com a aplicação da lei local vai inaugurar a era do estado de vigilância?

Redes sociais e eletrônicos: e se os Kindles (leitores eletrônicos) viessem com um software de reconhecimento facial e sensores biométricos e dissessem como cada frase influencia nossa frequência cardíaca e pressão arterial?

Robôs e máquinas: como definir o que os carros sem motorista podem decidir? Como definir o que os robôs podem decidir? Precisaremos de uma Declaração de Direitos dos Robôs? E quanto ao direito de humanos se casarem com robôs e robôs possuírem propriedades? Um ciborgue altamente avançado pode ser candidato a um cargo político?

Ética e moral 4.0

Diferentes regiões também tomaram posicionamentos diferentes e não conseguiram orquestrar uma resposta unificada: a abordagem da União Europeia para gerenciar o impacto social das novas tecnologias é marcadamente diferente da dos Estados Unidos. A China, por outro lado, sempre teve uma visão de longo alcance. A tecnologia é como a água: encontrará espaços abertos. Em um mundo interconectado, as decisões locais só são eficazes quando possibilitadas pelo consenso internacional.

Como afirma Bill Gates: “A tecnologia é amoral”. Cabe a nós decidir seus usos e limites.

E agora?

ACEITE QUE SOMOS IRRACIONAIS DIGITAIS; OBSERVE COMO VOCÊ SE COMPORTA NO MUNDO DIGITAL; EXPERIMENTE FAZER PEQUENAS MUDANÇAS; CONVERSE COM OUTRAS PESSOAS E APRENDAM JUNTAS; VOLTE PARA O PASSO 2 E FAÇA TUDO DE NOVO…

Para entender como você é hoje, responda às perguntas:

  • Quais hábitos digitais eu tenho?
  • Quais equipamentos digitais eu uso diariamente?
  • Quais são minhas decisões digitais? – Decisões que eu tomo no mundo digital ou que o mundo digital toma por mim.
  • Quanto tempo e quanto da minha atenção eu invisto em equipamentos digitais?

EXPERIMENTE FAZER PEQUENAS MUDANÇAS

Depois de observar como você se comporta, pense no que deseja mudar e quais objetivos quer alcançar. Faça pequenos experimentos, por exemplo:

  • Dormir com o celular longe de você;
  • Parar e pensar por dois minutos, pelo menos cinco vezes por dia, antes de clicar em um botão online;
  • Sair de casa sem o celular quando possível.

Todos os dias eu aprendo algo novo, faço experimentos novos comigo mesmo e com outras pessoas, observo mais como eu me comporto e continuo aprendendo junto de todas as pessoas com quem eu me relaciono em todas as dimensões da minha vida.

A Quarta Revolução Industrial já começou: robôs, Inteligência Artificial, aprendizado de máquina, drones, geladeiras que pedem comida sozinhas, carros que não precisam de motoristas, computadores que fazem diagnósticos médicos. Tudo isso já existe e vai aumentar em quantidade e capacidade de impacto de forma extremamente rápida.

Apêndice

Informar dados pessoais para as máquinas é mais seguro

De acordo com 45% do público pesquisado, as máquinas são mais confiáveis do que os humanos para receber dados pessoais.

Para concluir, as organizações precisam:

  • Investir em IA e ofertar a opção de o cliente falar com um humano quando desejar em qualquer situação de atendimento;
  • Criar métodos mais efetivos de converter o interesse do cliente em compras;
  • Mostrar para o público quais são os investimentos realizados em tecnologias;
  • Oferecer um ambiente mais seguro no tratamento dos dados pessoais dos clientes.
sarahjsena

sarahjsena

Pedagoga e mestre em psicopedagogia pela Espanha, tem experiência há 10 anos com atendimentos individualizados com crianças, atuei na Secretaria de Educação há 7 anos com pessoas com deficiência.

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