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Resumo do livro Convulsão protestante de Antonio Carlos Costa

By junho 6, 2018setembro 3rd, 2021No Comments

Resumo do livro Convulsão protestante de Antonio Carlos Costa
Lido em dezembro de 2015

Não ha esperança para a nossa sociedade injusta e cambaleante fora do amor de deus demonstrado em Cristo.

Cp 1 – A cosmovisão cristã e a dignidade humana
Jesus sempre foi movido por profunda misericórdia. Ele não podia conter se diante da dor e do sofrimento humano.
É concebível uma igreja que não tenha chamado para o pobre? Qual igreja pode trazer saneamento básico para a favela?
A missão da igreja é amar. É incontestável que vivemos num mundo de explorados e exploradores.
Existe um mal que domina muitos: o orgulho de fazer o bem, que pode nos levar a pregar de modo arrogante.
Se um educador quer atingir o âmago dos ouvintes, precisa aprender a tomar o caminho do coração. Aquele que nos ouve pode não aceitar o que tencionamos ensinar em virtude de como falamos.

Cp 2 – A igreja e os desiguais
Precisamos amar o homem quando sua condição nos leva a desconsidera-lo, e trata-lo com respeito quando a cultura nos conduz a menospreza-lo, como um usuário de crack.
Quem é capaz de fazer com justiça juízos intuitivos sobre a condição espiritual de quem entra no templo? Não esta em nosso poder saber de antemão se estamos diante de um rico em busca de transformação quanto perante um pobre em busca apenas de socorro material, ou ao contrario, um rico ganancioso que usa a igreja em sua vida. O que esta em nosso poder é tratar ambos com equidade, sem fazer distinções entre eles com base na aparência ou posição social.
Ao fazermos uma análise de vida pregressa chegaremos a conclusão que o pecado de acepção de pessoas é pra ficar recorrente em nossas vidas.
Ninguém tem energia moral suficiente para dizer a si mesmo que é canalha e usa a religião para ascender socialmente.
Consciente ou inconscientemente, quando vemos um rico, raciocinamos que a pessoa é favorecida de Deus, que tem muito a nos ensinar, pois tem talentos especiais para explicar sua riqueza, alguém que ajuda financeiramente a igreja e alguém que nos proporcionara prazeres que não teríamos, como uma viagem ao exterior ou dias na casa de praia.
a igreja não pode afirmar que todos os homens foram criados a imagem e semelhança de Deus, e na prática do trato com aqueles menos favorecidos, negar essa mesma doutrina.
É difícil transcender a pobreza quando se nasce nela e não se dispõe de recursos para prosperar. Nós tendemos a avaliar pessoas.

Cp 3 – Causas da pobreza e da riqueza
A avaliação do mundo engana, por não estar vendo tudo o que pode ser visto. Ele esquece que a vida do pobre não é tão diferente do rico, pois basta o rico ter doença ou luto para perceber que todos são pobres. Deus se compadece do pobre, pois eles são considerados ricos no céu.
Preguemos o evangelho para o pobre porque a necessidade humana é a oportunidade divina; lutemos contra a injustiça social porque é isso o que Deus pede ao homem; ensinemos o homem a ser humilde porque tudo que lhe é acrescentado materialmente tende a conduzi lo à independência de Deus.

Cp 4 – Eleição e missão ao pobre
É por isso que há tantas igrejas nas favelas e nos bairros pobres de periferia. A Igreja precisa investir tempo nos que se encontram em estado de vulnerabilidade, privação e exclusão.
Por que chegamos a desprezar o pobre? Todos deveriam ser amados e honrados pelo simples fato de serem humanos. Sua condição é digna de misericórdia.

Cp 5 – A teologia da riqueza
Dinheiro em excesso não resolve os problemas mais essenciais do ser humano.
A prosperidade do ter não impede a prosperidade do ser.
Homens e mulheres vivem sem tempo para examinar a vida. A jornada de trabalho, a competição, a burocracia e as horas gastas no trânsito roubam lhes o tempo.
A riqueza distancia o rico do mundo dos fatos, pois o cerca de bajuladores que o levam a ter visão hipertrofiada de si mesmo.
O poder econômico controla o mundo. Pense nesse ser que tem condições de comprar, vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e de quem milhões de vidas humanas dependem para viver. Há quem se venda. Há quem queira comprar.
O pobre é apanhado pelo rico por meio do instinto de sobrevivência. Ele precisa viver e o leva ao desespero ver o filho fora da escola, a mesa sem comida e as contas com atraso. Para ter como prover o necessário para a família, ele se sujeita aos piores salários, as condições de trabalho mais desumanas e a carga horária mais estafante.

Cp 6 – Discipulando e confrontando o rico
Há cristãos que são mais liberais ou marxistas que cristãos. Devemos evitar os extremos, sempre presentes nas discussões sobre desigualdade social.
Felicidade é amar o que mais se deve amar sem medo de ser rejeitado pelo objeto do seu amor (Deus). Infelicidade é adorar o que não se deve adorar e que se teme perder.
Querer ficar rico é sintoma de incredulidade e insensatez. Significa ambicionar visibilidade aos olhos dos homens em vez de aprovação aos olhos de Deus. Denota buscar segurança no dinheiro em vez de buscar segurança em Cristo, seu Criador. Representa a loucura de quem ainda não avaliou o tamanho dos problemas nem a precariedade da riqueza como solução dos seus conflitos. Querer ficar rico é exato oposto de querer ser santo.
Ser rico no “presente mundo é depositar as esperanças em algo que não permanece. A forma que o mundo trata, o rico tem a tendência de se tornar orgulhoso, pois se encanta com o que as pessoas dizem dele, como um ser indispensável e que pode destratar alguém.
O rico precisa ter a disposição de ajudar os pobres que estão em sua volta. Ele não pode explorar seus empregados, isso é contra o cristianismo e o amor ao próximo.
O desemprego fere a autoestima, expõe o pobre ao vicio e priva a sociedade de contar com a contribuição de milhões de trabalhadores. É difícil estimar quanto a falta de emprego enfraquece a confiança do indivíduo em deu valor social.
No caso dos homens, a autoestima está ligada a contribuição econômica para o sustento do lar.
Um número incontável de trabalhadores vive apenas para comer e trabalhar. O que ganham mal lhes permite suprir as necessidades básicas.
O milagre não consiste em o rico entrar num templo, mas em o evangelho entrar em seu coração.
A incredulidade é a raiz da cobiça. Por duvidar do caráter de Deus, essa pessoa sai em busca na vida do que lhe ofereça segurança: quanto mais tem, mais segura se sente.
Há uma tendência a indulgencia na vida do rico. Sua riqueza o faz crer que o universo foi feito para atender a seus apetites.
Nem todos os pobres se envolvem com o crime, embora a pobreza seja a causa não justificada de muitos casos. Nem todo rico vive em futilidade, embora a maioria o faça de modo injustificável.

Cp 7 – Libertando o pobre
O chamado de Jesus para a Igreja é fortemente direcionado a preocupação com os pobres.
Receber o Espírito Santo implica em uma nova natureza, pensando e sentindo como Jesus sentiu ao ver a multidão que o seguia com fome. Onde houver privações, temos de participar dos sofrimentos de Cristo, a missão da Igreja é se deixar guiar pela compaixão do seu Senhor e Salvador.
A desgraça da vida é conhecer essa gente que vive na miséria. Se tiver alma, você não consegue mais se desconectar dela.
O exercício da misericórdia é resultado lógico da assimilação do evangelho. A compaixão levará homens e mulheres convertidos a ter fome e sede de justiça.
Há fatos referentes à desigualdade e a injustiça social que você só conhecerá se puser os pés em uma comunidade pobre. Não espere conhecer a realidade dos problemas sociais do Brasil apenas pelos meios de comunicação. Você tem de ir lá, fazer-se presente.
Dar esmola não significa vender a casa onde mora, encher o carro de dinheiro e sair por uma avenida distribuindo irresponsavelmente os recursos que Deus lhe deu para administrar sabiamente. A oferta em amor ao pobre pode e deve ser inteligente.
Não há homogeneidade nas comunidades pobres e nem na atuação de Deus, cada um encontrará sua forma de ajudar.

Cp 8 – Desdobramento do amor político
Há um tipo de cultura eclesiástica que parece produzir, em vez de homens de carne, estátuas de mármore. Tem gente que não se comove com nada. Isso é resultado de pregação que não enfatiza a compaixão como sinal de excelência do novo nascimento.
Um dos motivos da alienação política é a ignorância. Direitos humanos e amor político pela vida do próximo não são ensinados nas igrejas, e no final ninguém sabe. Não entendem o papel do Estado e desconhecem o papel das instituições.
Quem não gosta de política, é governado por quem gosta.

O que levou ao autor Antonio se interessar pela política: busca pela coerência, experiência de campo e o contato com os clássicos da leitura política.
Aquele que não precisa de outros homens, ou não pode resolver-se a ficar com eles, ou é um deus, ou um bruto. Aristóteles
Você não pode forçar pessoas a acreditarem no que elas não acreditam ou a praticar o que elas não querem praticar.

Pobreza é mais que renda baixa. Ela significa o homem ser privado de expressar a beleza da imagem e semelhança de Deus por ter seu talento, sua habilidade e sua inteligência atrofiados pela falta de acesso aos bens dessa vida.
Precisamos romper com a ingenuidade que nos leva a crer que podemos separar o socorro ao pobre do modelo econômico vigente do pais que ele vive.

A democracia não funciona no automático. Ela propicia ao povo erguer a voz contra as injustiças praticadas pelos poderosos opressores sem temer quem detém o poder. Isso não significará, contudo, que o povo o fará. Votar e cobrar são duas formas de usarmos bem essa benção chamada democracia.
Os protestos de rua que o Rio de Paz organizou se baseiam em exercício da democracia, que a manifestação pacífica dá certo e que a imprensa pode se parceira dos movimentos sociais, ajudando a ampliar a essa voz.
Concluindo…

Há 3 elementos que podem ser vivenciados pelos cristãos brasileiros: Compromisso com o pobre, Defesa dos direitos humanos, não tratando com indiferença a banalização humana e Amor político, não deixando-se levar exclusivamente por ideologias de esquerda ou direita, mantendo a fidelidade as Escrituras.
Você agora é um discípulo de Cristo, que o chama para imitá-lo. Viver a vida que ele viveu significa, acima de tudo, amar. Sua missão no mundo, a partir de agora, é amar, ou seja, viabilizar a vida do próximo, libertando-o do que o impede de servir a Deus ao próximo.

sarahjsena

sarahjsena

Pedagoga e mestre em psicopedagogia pela Espanha, tem experiência há 10 anos com atendimentos individualizados com crianças, atuei na Secretaria de Educação há 7 anos com pessoas com deficiência.

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