RESUMO DO LIVRO “Uma vida com propósitos”
Autor: Rick Warren
O livro é desenvolvido em quarenta devocionais diárias com diversos temas. Começando pelo mais importante, o autor questiona o propósito de vida de cada ser humano, e baseado em versículos bíblicos, introduz dizendo que a principal razão da nossa existência é a permissão de Deus.
Ele afirma que o propósito de vida de uma pessoa é maior que ela mesmo, não limitando se a realização pessoal, aos sonhos e carreira, mas ao propósito de cumprir a vontade de Deus na terra. Tudo começa por Ele e somente nEle é possível descobrir nossa identidade, significado e propósito. A maneira mais prática de descobri-la é perguntando àquele que nos criou por meio da Palavra que Ele deixou.
Mesmo sem o planejamento dos nossos pais, sempre fomos um projeto de Deus. Ressalta-se a soberania de Deus em todos os aspectos, desde o momento do nosso nascimento, todo o processo de desenvolvimento da vida até a morte, todos os dias foram planejados por Ele. Não há surpresas ou imprevistos para o Senhor.
A razão de Deus ter nos feito de maneira tão organizada e planejada é consequência do Seu amor pela humanidade. Mas, mesmo assim, nem todos os indivíduos são dirigidos por Ele, muitas vezes somos conduzidos pelas nossas emoções e valores. É comum ver pessoas sendo dirigidas pela culpa, permitindo que o passado controle seu futuro, pela raiva/rancor, por não saberem perdoar, pelo medo, pelo materialismo e pela necessidade de aprovação.
As vantagens de conhecer o propósito de vida é que ela passa a ter sentido, deixando-a mais simples, a ponto de não desistir em momentos de conflito, pois na hora de tomar as decisões, elas não serão tomadas pelas emoções, buscando não agradar a todos, mas a Deus. Isso gerará direcionamento de esforços, estímulo para viver feliz e por fim, nos prepara para a eternidade com Cristo, pois esta vale a pena.
A vida vivida aqui na terra é o começo, mas não é o fim definitivo. Independente do tempo que vivamos aqui, passaremos a eternidade em algum lugar, céu ou inferno. O relacionamento com Deus que temos aqui na Terra determinará nosso futuro. E quando pensamos nisso, nossas metas e alvos são automaticamente mudados, valorizando aquilo que não se compra e buscando glorificar a Deus com a própria vida e respectivas ações.
A visão que nós temos da vida influenciará em nossas perspectivas futuras. Durante toda a vida, passamos por desafios que dos quais não temos controle para provar quem somos e no que acreditamos a fim de refinar nosso caráter. Há momento em que os desafios parecem impossíveis de saber lidar e outros parecem tranquilos, mas todos são relevantes para o nosso desenvolvimento.
Precisamos administrar bem todas as áreas da nossa vida, pois a partir da aprovação nelas, o Senhor pode nos usar mais e nos abençoar de forma que nem ao menos esperamos. Lembrando que nossa estadia na terra é temporária, devemos ser gratos pelo que temos e valorizar tudo o que temos recebido de Deus, mas sem dar a extrema importância, pois essa não é a única e principal vida que teremos.
Para impedir que fiquemos muito apegados a terra, Deus nos permite ter desgostos na vida, gerando anseio pela eternidade. Sem Deus, a vida não tem nenhum propósito, e sem nenhum propósito a vida tem significado. Paulo foi fiel, mas mesmo assim acabou em uma prisão, João Batista foi fiel, mas foi decapitado, ou seja, aos olhos de Deus, os maiores heróis da fé não alcançaram a prosperidade, sucesso e poder na vida, mas aqueles que serviram fielmente, aguardando a recompensa na eternidade. A maior de todas as desgraças não é a morte, mas uma vida sem propósitos.
Tudo foi feito para a honra e glória de Deus. Todo pecado é a incapacidade de dar glória a Deus, ou seja, amando outra coisa mais do que a Deus. Recusar-se a dar glória a Deus é rebelião e arrogância, aliás, este foi o pecado que causou a queda dr satanás. Podemos glorificar a Deus com nossa adoração ao apreciá-lo através de todos os nossos atos, amando os outros, nos esforçando diariamente a nos parecer com Cristo, servindo as pessoas com nossos dons e falando de Cristo para outras pessoas.
Quando entendemos que nosso propósito é agradar a Deus, não há espaço para o sentimento de insignificância, e como consequência, entendemos que tudo o que fizermos, será para a glória dEle. Deus se alegra quando o amamos acima de todas as coisas, confiamos nEle plenamente, obedecemos incondicionalmente, louvamos e damos graças continuamente e quando usamos nossas habilidades.
Adoração significa rendição total a Deus. Mas só nos submeteremos a um Deus que nós conhecemos, ou seja, quanto mais buscamos, mais nos encantamos pela Sua maravilhosa presença e essência. O orgulho é um grande obstáculo para nos entregarmos a Ele, pois é preciso o reconhecimento da nossa limitação. Quando estamos entregues a Deus, não reagimos às críticas e não fazemos questão de nos defender. Corações entregues a Deus não exigem seus direitos e não são egoístas.
As pessoas que são usadas por Deus são aquelas que justamente se entregam a Ele. Se não for a Deus, você se renderá às opiniões ou expectativas de outros, ao dinheiro, ao rancor, ao medo ou ao orgulho próprio, luxúria ou ego. Você foi feito para adorar a Deus e, se fracassar em adorá-lo, criará outras coisas (ídolos) para as quais entregará sua vida. Você é livre para escolher a quem se entregará, mas não é livre das consequências dessa escolha.
Ser amigo de Deus é a melhor escolha a ser feita. No Antigo Testamento, vemos que a relação com Deus era de medo, apesar de sua essência sempre ter sido o amor, após a vinda de Jesus, que o véu foi rasgado, nosso acesso foi liberado a Deus diretamente, tudo mudou. Ter um relacionamento com Cristo significa buscar conhece-lo através da oração e meditação, pensando em Sua palavra durante o dia, revendo anotações que Deus ministrou em nosso coração.
A responsabilidade de aproximar-se de Deus é do ser humano, pois Ele não obriga ninguém a nada. Manter a comunhão com Deus exige tempo e esforço. Sentir dúvidas, medos e até chatear-se com Deus faz parte deste relacionamento devido as nossas expectativas de querer que Ele faça do nosso jeito, mas de que nem sempre acontece. Obedecer a Deus e a Sua Palavra são atos de fé, porque acreditamos que Ele sabe o que é melhor para nós. O nível de intimidade com Deus depende da nossa disposição de busca-lo.
Deus nos conhece por completo, Ele sabe tudo sobre nós, até melhor que nós mesmos. Por isso, Ele deseja que o nosso relacionamento seja profundo, verdadeiro e por inteiro, com nosso coração e mente. Se Ele nos fez de maneira tão diferente, até a maneira como O adoraremos pode ser suas variações, há pessoas que preferiram contemplar a natureza e outros estudar a Sua Palavra. Quando você louva a Deus, mesmo sem vontade, quando sai de sua cama para adorá-lo estando cansado ou quando você ajuda os outros estando esgotado, você está oferecendo um sacrifício de adoração a Deus. Isso agrada a Deus.
Ele existirá independente de mim ou do que eu acredito, Ele continua sendo soberano e o único Deus. Louvá-lo em meio às situações difíceis é uma grande provação de que todo cristão enfrenta, e quando ela passa, somos fortalecidos e aprovados perante Deus. Fé, e não sentimentos, agrada a Deus. As circunstâncias não podem mudar o caráter de Deus.
Congregar numa igreja é importante, pois a partir disso, faremos parte da família de Cristo, pois todos nós somos filhos de Deus e irmãos entre nós, gerando uma família física e espiritual. A partir das relações com as pessoas e dos desafios que somos transformados para sermos como Cristo. E não basta conviver, mas é preciso aprender a amar as pessoas, porque Deus é amor.
Não cumpriremos os propósitos de Deus de forma isolada ou egoísta, nós descobrimos qual é a nossa visão por meio das relações com as pessoas. A igreja local é a sala de aula onde você aprenderá a se relacionar com a família de Deus. É o laboratório para a prática do altruísmo e do amor compassivo. O verdadeiro crescimento e maturidade vêm por meio dos relacionamentos e dos seus desafios.
O autor relata a semelhança de objetivos da nossa vida com a função da igreja, que se trata de cinco pontos, como a adoração, que ajuda a se concentrar em Deus, a comunidade ajuda-o a enfrentar os problemas da vida, o discipulado ajuda a fortificar a sua fé, o ministério ajuda a descobrir seus talentos e o evangelismo ajuda a cumprir sua missão.
Quando frequentamos uma igreja, fazemos parte do corpo de Cristo, naturalmente, desenvolvemos a comunhão com outras pessoas, saindo da superficialidade, que significa mais do que dar “a paz do Senhor” antes do culto ou “Deus abençoe sua semana”, quando ele acaba. O perdão, a autenticidade e a empatia são necessários para que haja efetiva comunhão na Igreja.
Desenvolver a humildade é um grande passo para o crescimento, começando a partir da confissão de suas fraquezas, sendo paciente com as fraquezas dos outros, estando aberto para admoestações e pondo os outros em evidência, pensando em primeiro lugar no outros ao invés de si mesmo. Os conflitos são inevitáveis na igreja, para isso, contamos com os pacificadores, que são aqueles que buscam resolver os conflitos, porém, eles são raros, pois é um trabalho difícil. Quando se trata de conflitos, o tempo não cura nada; ele faz que as mágoas se aprofundem.
A unidade é a alma da comunhão. Nós, como membros da igreja, devemos zelar pela unidade do corpo, nós conseguiremos realizar isso por meio da valorização do que temos em comum, ser realista com as características da sua igreja, sem apenas ansiar pelo ideal criticando o real, buscando incentivar ao invés de criticar, não dando ouvidos às fofocas, resolvendo os conflitos internos e apoiando os líderes e pastores.
Nosso objetivo é sermos transformados a sermos parecidos com Cristo. O primeiro passo é a decisão de obedecer a Deus e aos seus mandamentos, a partir disso, naturalmente Deus proporciona momentos de colocar em prática ao que tem estudado e buscado, a ponto de poder ajudar outras pessoas. Tudo isso consiste em um processo, não acontece de um dia para o outro, mas diariamente lutamos contra o pecado e as tentações para ter uma vida em comunhão com o Senhor, crescendo em graça.
A vida cristã é muito mais do que credos e convicções; ela inclui conduta e caráter. Nossos atos devem ser coerentes com nossa fé, e nossas crenças devem ser respaldadas por um comportamento cristão. A Palavra de Deus, juntamente com o Espírito Santo que habita em nós, nos confronta, mostra qual é a nossa essência pecadora, gerando vida, desenvolvendo a fé, curando feridas, produzindo mudanças e nos dando a vida eterna.
No caminho do amadurecimento espiritual, cada tentação se torna um degrau, em vez de uma pedra de tropeço, quando você se dá conta de que é uma oportunidade tanto para fazer a coisa certa quanto a errada. Toda vez que você escolhe fazer o bem em vez de pecar, está desenvolvendo o caráter de Cristo.
Não existem atalhos para chegar à maturidade. Precisamos de vários anos para chegar à idade adulta, e é necessária toda uma estação para que uma fruta cresça e amadureça. O mesmo se dá com o fruto do Espírito. O desenvolvimento do caráter cristão não pode ser apressado. O crescimento espiritual, assim como o físico, requer tempo. Não há crescimento sem mudanças, e é preciso estar disposto a perder velhos hábitos e adquirir novos.
Fomos feitos para cumprir com uma visão ou missão de Deus aqui na Terra. Na Grande Comissão, Deus nos mandou ir e fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os, ou seja, fazendo o acompanhamento deles. Essa missão é para todos, mas além dessa, Cristo preparou para cada filho algo específico. O objetivo final de todas as missões das pessoas é glorificar o nome do Pai e fazê-lo conhecido.
Quando nos tornamos cristãos, tornamos-nos mensageiros de Deus. a minha vida, tudo o que Deus nos ensinou e vai nos ensinar, todos os dons e habilidades foram dados para honra e glória do nome de Cristo.
O autor termina os dias explanando sobre cinco propósitos do ser humano: Amar a Deus de todo o seu coração, Amar ao próximo como a ti mesmo, Fazer discípulos, Batizá-los em nome de Jesus e ensiná-los a viver este Evangelho que a cada dia nós aprendemos mais.
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