O jeito HARVARD de ser feliz de Shawn Achor
Lido em abril de 2020

O que dizem? Se você se empenhar, terá sucesso e só depois poderá ser feliz. Sucesso antes, felicidade depois? Não existe essa condicional!

Parte I – A psicologia positiva na prática

A nossa interpretação da realidade altera a nossa experiência dessa realidade. Veja, Harvard que é uma faculdade maravilhosa e uma das mais brilhantes do mundo, mas tem muitos jovens infelizes. Um levantamento revelou que 4 de 5 alunos de lá sofrem de depressão pelo menos 1 vez durante o ano letivo e quase metade de todos sofrem de forma que não conseguem fazer suas atividades.

Eles leram grandes obras, aprenderam a história do mundo e se tornaram fluentes em línguas estrangeiras. Mas eles nunca aprenderam formalmente a maximizar o potencial do cérebro ou encontrar sentido e felicidade.

Eles aprenderam que a felicidade é a recompensa que só pode ser recebida depois que você se torna sócio de uma grande empresa de investimentos ou ganha o prêmio Nobel. Nossa vida repleta de demandas nos deixa estressados e sob uma pressão constante de atingir o sucesso a qualquer custo.

A psicologia positiva é o estudo do que funciona, não só daquilo que emperrou.

Ser feliz não é acreditar que não precisamos mudar, é perceber que podemos.

Mas essa mudança precisa ser duradoura: pessoas podem ser mais felizes, mentes pessimistas podem ser treinadas para se tornarem otimistas e cérebros estressados e negativos podem ser treinados para enxergar mais possibilidades. Mas para isso, você precisa querer.

Parte II – Os 7 princípios

  1. O benefício da felicidade: retreinar o cérebro para capitalizar a atitude positividade para obter melhor produtividade e empenho.

Felicidade leva ao sucesso, e não o contrário.

Quanto menos programação negativa você assistir, mais feliz será.

Gaste dinheiro em experiências, especialmente as que envolvem outras pessoas e produz emoções positivas.

Dica: quando um elogio é específico e deliberado, chega a ser ainda mais motivador que um reconhecimento em dinheiro.

2.  O ponto de apoio e a alavanca: como vivemos o mundo, a nossa capacidade de prosperar nele, muda constantemente nossa atitude mental.

Nossa experiência do mundo nunca é fixa, mas muda constantemente em um fluxo contínuo.

Sabia que os placebos são cerca de 55% a 60% eficazes quanto a maioria dos medicamentos ativos para controle de dor?

Existem médicos que consideram seu trabalho apenas um emprego e faxineiros que veem seu trabalho como uma missão, ou seja, isso depende mais de uma atitude mental do que do trabalho em si.

3. O efeito tetris: aproveitar oportunidades para encontrar caminhos.

Os otimistas lidam melhor com situação de estresse intenso e são capazes de manter altos níveis de bem-estar em momentos de adversidade.

Faça uma lista dos aspectos positivos do seu trabalho, carreira e vida.

Abrir a cabeça a ideias e oportunidades nos ajudarão a ser mais produtivos, eficazes e bem sucedidos no trabalho e na vida.

4. Encontre oportunidades na adversidade: ser mais feliz e mais bem sucedido graças ao fracasso.

Depois de um trauma, várias pessoas relatam maior força pessoal e mais autoconfiança, bem como mais valorização e mais intimidade nos relacionamentos sociais.

Quando fracassamos, ou quando a vida nos dá um choque, podemos ficar tão desamparados que reagimos simplesmente desistindo.

O sucesso é mais que uma simples resiliência. É questão de usar essa queda para nos impelir na direção oposta. Capitalizar os contratempos para nos tornar mais felizes, ainda mais motivos e mais bem sucedidos. Não é simplesmente enfrentar a adversidade, mas encontrar oportunidade de não se esconder atrás dela.

5. O círculo do zorro: concentre-se nas metas pequenas para ir crescendo até atingir as maiores.

Pequenos sucessos podem se somar e se transformar em grande realizações.

6. A regra dos 20 segundos: ajustar sua energia para substituir maus hábitos por bons.

É difícil manter bons hábitos, por mais razoáveis que eles possam ser. Como a maioria das pessoas, eu travo a mesma batalha todo dia 1 de janeiro, e no dia 10 de janeiro, já estou de volta no ponto que comecei.

Eu sei que você busca toda sua força de vontade, mas ela não é suficiente. A inatividade é simplesmente a opção mais fácil, por isso, você deseja fazer várias coisas, mas mal consegue sair da cama quando não tem nenhum compromisso marcado, porque vc precisa de energia para superar a inércia e dar início a um hábito positivo.

7. Investimento social: investir mais nos outros gera sucesso e excelência na nossa rede de apoio.

Em meio aos desafios e estresses de trabalho, em vez de voltar-se para si, aproxime-se da sua rede social de apoio.

Quando formamos um vínculo social positivo, a oxitocina, um hormônio indutor do prazer é liberada e reduz a ansiedade e melhora a concentração e o foco. Além de sermos mais resilientes e vivermos mais.

Algumas vezes é preciso uma crise para ensinar a importância do investimento social. Nossa rede social de apoio pode fazer a diferença para atingir nosso pleno potencial.

Parte III – O efeito propagador

A pessoa que temos o maior poder de mudar é nós mesmos. A medida que o cérebro domina um hábito, sua capacidade de capitalizar um novo hábito aumenta.

Quando você usa esses princípios para mudanças positivas em sua própria vida, está inconscientemente alterando o comportamento de um número incrível de pessoas.

Estudos demonstram que a afinidade é reforçada entre 2 pessoas quando seus olhares se encontram, por isso, os casais dizem um ao outro “olhe para mim quando estou falando”, e porque os orgasmos são mais intensos quando olhamos nosso parceiro ou parceira nos olhos.

Para finalizar, sabemos que não é só o nosso próprio sucesso individual que gira em torno da nossa felicidade. Ao promover mudanças em nós mesmos, podemos propagar os proveitos do Benefício da Felicidade às nossas equipes, empresas e a todas às pessoas que nos cercam.

sarahjsena

sarahjsena

Pedagoga e mestre em psicopedagogia pela Espanha, tem experiência há 10 anos com atendimentos individualizados com crianças, atuei na Secretaria de Educação há 7 anos com pessoas com deficiência.

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