Estamos fazendo escolhas a todo momento, mas a decisão profissional é uma das mais importantes da nossa vida. E ela não é tão simples como pensamos…

O número de pessoas que troca de curso universitário e de profissão é grande. Muitas pessoas vivem reclamando, trabalhando com má vontade e desmotivadas, para isso existe a reorientação da carreira.

Escolher a carreira na faixa etária de 16-20 anos é complexo porque é uma fase de transição em relação ao mundo, marcada com inseguranças e a tentativa de auto afirmar-se com suas atitudes para os colegas e para si de que ele pode e sabe.

A escola não estimula o processo de autoconhecimento e reflexão pessoal. Os conteúdos teóricos das disciplinas que caem nas provas são mais valorizados, como a física, matemática, química…

Nós precisamos aprender a gostar de estudar! Obrigar alguém a estudar desmotivado é inútil.

As profissões dos pais influenciam de forma decisiva na maneira como o jovem enxerga o mercado de trabalho.

Especialização? Mestrado? Continuação dos estudos? Procuro um emprego ou trabalho por conta própria? Por não acreditar em um única escolha, nem na escolha certa para o resto da vida, entenda que você precisa analisar várias circunstâncias para fazer a melhor escolha de acordo com seu momento de vida e suas condições.

Quanto menos ansiosa for a escolha, mais livre ela será.

Segundo Soares, há 6 fatores que influenciam nessa decisão:

Políticos, econômico (falta de oportunidades, queda do poder aquisitivo), sociais, educacionais, familiares (busca da realização das expectativas familiares x interesses pessoais) e psicológicos, quais são minhas motivações, habilidades e competências.

A melhor escola é a escola da vida. Não existe uma integração entre o ensino médio e a universidade. A orientadora educacional tem o papel de ajudar o jovem a encontrar sua escolha profissional, analisando os fatores pessoais que dificultam, como questões econômicas e sociais.

A orientação profissional vai além de testes, você precisa ter uma escolha consciente. Ao buscar orientação profissional, a pessoa está querendo encontrar mais do que uma profissão, está buscando algo que lhe faça feliz. A felicidade almejada por todos nós, confunde-se com o acerto da escolha. Felicidade não é só isso: muitas pessoas realizadas no seu trabalho falam de suas tristezas e infelicidades em outras áreas de suas vidas.

Caso esteja com dificuldade nessa área, eu te aconselho a procurar um orientador profissional para te ajudar na sua jornada de autoconhecimento e do seu contexto de vida.

Cada vez temos um números maior de possibilidades de escolhas, excessos de informações, inúmeros cursos. As carreiras estão menos previsíveis, e novas são constantemente criadas. Somente o diploma não é garantia de emprego, é preciso ter empregabilidade.

Atualmente é mais importante o QE (coeficiente emocional) do que o QI (coeficiente intelectual). O mundo do trabalho, mediatizado de mudanças tecnológicas, da automoção, da globalização, do avanço das comunicações e transportes, tem exigido que os trabalhadores das mais diferentes profissões se modernizem também.

Em geral, o número de encontros com o grupo de orientação ou reorientação profissional é de 8 a 10 encontros, com duração de 2h – 2h30 por semana, o número de participantes pode ser entre 8-15 pessoas, um coordenador e um observador participante.

Não adianta aplicar todos os testes e conhecer todas as aptidões, interesses e traços de personalidade de uma pessoa se esses dados não forem agregados à sua história de vida, sua motivação pessoal, seus anseios e desejos, seus valores pessoais e culturais, além dos seus projetos de furuto.

Exercício prático 1: Vamos discutir os seus interesses? Faça uma lista com todas as atividades que você gosta ou não de fazer. Converse com alguém sobre sua lista para poder reconhecer suas habilidades, interesses, disciplinas preferidas e relacionando com possíveis profissões afins.

Exercício prático 2: Autobiografia, redija sua biografia a partir da pergunta “por que estou aqui, agora”, destacando os aspectos significativos no seu desenvolvimento vocacional desde a infância.

Em dupla, mostre para alguém sua redação e leia o da pessoa para fazer  comentários em relação às semelhanças que vocês podem ter, ressaltando pontos comuns e diferentes.

Exercício 3: Faça uma redação com o tema “Quem sou eu? Eu sou… e preencha com uma profissão que você se vê desempenhando.

Exercício 4: Técnica de entrevista com profissional, solicitar entrevistas com profissionais das carreiras de sua preferência. Observem bem o ambiente, você se vê trabalhando neste lugar?

Resumo do livro “A escolha profissional do jovem ao adulto” de Dulce Helena Penna Soares

Recomendo que assista esse vídeo para ver a complexidade do tema em alguns ambientes:

Gravamos uma série de vídeos sobre a escolha profissional, confere aí:

sarahjsena

sarahjsena

Pedagoga e mestre em psicopedagogia pela Espanha, tem experiência há 10 anos com atendimentos individualizados com crianças, atuei na Secretaria de Educação há 7 anos com pessoas com deficiência.

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